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sexta-feira, 20 de maio de 2011
LINGUAGEM USADA POR TRICOTERAPEUTAS CAPILARES: ALOPÉCIA, ALOPECIA
HOJE VOCÊS VÃO ENTENDER MELHOR A DEFINIÇÃO DE ALOPÉCIA.
O termo alopécia provém do grego alopexia, de alópex, raposa, através do latim alopecia.
A raposa apresenta com freqüência queda de pêlos, ou como um fenômeno natural, ou em decorrência de enfermidade, o que é mais comum em animais velhos.
O emprego do termo para expressar queda generalizada ou localizada de cabelos, barba e outros pêlos do homem, é bem antiga, datando dos tempos hipocráticos, e resultou, possivelmente, da comparação do aspecto das pessoas com o das raposas desprovidas de pêlos.
Há referência à alopécia em trabalhos de Galeno, que a comparou à doença das velhas raposas. Plinius empregou alopecis, referindo-se à cauda da raposa e Celsus denominou alopecia area uma superfície lisa, sem pêlos.
Para a incorporação definitiva do vocábulo à medicina oficial muito contribuiu Ambroise Paré. É de sua autoria o seguinte trecho, recopilado e traduzido por Pedro Pinto: "A alopécia é queda dos pêlos da cabeça e algumas vezes de supercílio, da barba e de outras partes..." "Assim a chamaram os médicos como doença das raposas, por que são estas sujeitas a tal depilação".
A denominação de alopecia areata, dada a uma das formas de alopécia, é atribuída a Sauvages e data de 1763.
A palavra alopecia, em português, deve ser proparoxítona (alopécia) ou paroxítona (alopecía)?
O sufixo -ia tem sido motivo de constantes desacordos em terminologia médica.
Embora seja de uso corrente entre os médicos a pronúncia alopecia, há vozes discordantes entre os lexicógrafos que defendem a forma alopécia (proparoxítona).
Adotam a forma paroxítona os dicionários de Aulete, Nascentes , Michaelis, Houaiss, e o Vocabulário Ortográfico da Academia BrasileiradeLetras.Registram alopécia (proparoxítona) os léxicos de Domingos Vieira , Adolfo Coelho e Silveira Bueno. Este último autor assim justifica a prosódia adotada: "A origem grega exige a acentuação paroxítona alopecía. Mas o latim alopecia autoriza a acentuação proparoxítona".Aurélio Ferreira consigna as duas formas, mencionando que a forma alopécia é a mais usada.[
O'Reilly de Sousa adverte que "a verdadeira prosódia é a do i breve, de acordo com o étimo. Entretanto, em virtude de uma convenção, segundo a qual a bem da regularidade da língua, acompanhando a sua própria índole e respeitando leis de analogia, recebem acento tônico os derivados de raiz grega que significam moléstia ou defeito físico, ainda que o i originário seja breve (V. Ramiz Galvão: Vocabulário Etimológico, Ortográfico e Prosódico das Palavras Portuguesas derivadas da Língua Grega), temos a prosódia alopecia (com i longo) consignada por Nascentes e Figueiredo".
A uniformidade prosódica sugerida pelo grande helenista, que foi Ramiz Galvão, para as palavras terminadas com o sufixo grego -ia, não é compartilhada por outros estudiosos da língua portuguesa, como Rebelo Gonçalves, que assim se expressou sobre esta questão:
"Se fôssemos pensar na regra exata, a regra seria precisamente respeitar um princípio que se impõe, na nossa língua, a toda reprodução de palavras gregas ou formação de palavras novas por meio de elementos helênicos: seguir a acentuação exigida pela forma latina intermediária, quer dizer, a acentuação de uma forma verdadeira ou apenas suposta teoricamente, pois ao latim manda a filologia recorrer como base prosódica dos nossos helenismos. Iríamos, porém, longe demais, se o fizéssemos nessa categoria de palavras terminadas em ia".
Torna-se evidente que devemos respeitar a forma paroxítona em termos formados diretamente do grego, e que o uso consagrou; porém, na vigência de formas paralelas, como no caso de alopecia, devemos nos inclinar para a forma proparoxítona da prosódia latina, considerando, sobretudo, que o termo nos veio através do latim.
Na Nomenclatura Dermatológica, de Francisco Rebelo, encontra-se a forma alopécia, muito embora a preferência dos dermatologistas seja para alopecia, na proporção de 4:1 dos artigos indexados pela BIREME.
É muito importante compreendermos a definição dos termos utilizados na linguagem usada por tricoterapeutas.
ResponderExcluirA cada instante me surpreendo com tanta informção, vejo o quanto tenho ainda o que aprender.
ResponderExcluirqual a forma que deve ser usada para que ,como tricoterapeutas não venhamos nos contradizer ?
ResponderExcluirFica muito mais fácil falarmos os termos tecnicos, isso nos da crebilidade. Abraços Ilzenê
ResponderExcluirFalarmos as palavras técnicas é importante.
ResponderExcluirOs nossos Trocopacientes ficam mais seguros quanto a nossa competência.
Nossa e muita informação, afinal de contas como devemos falar e escrever?
ResponderExcluirUm abraço
Quanta importancia o conhecimento.Osvanira.
ResponderExcluirInteressante as fundamentadas informações.
ResponderExcluirPara evitar conflitos com o Ato, uso e costumes médicos, bem como ser mais autêntico prefiro utilizar as termologias DISFUNÇÕES OU DESEQUILÍBRIOS dos cabelos e couro cabeludo.
Cordialmente, Marcos Luna.
Muito importante saber que ambos os term0s estão corretos e representam a mesma patologia.
ResponderExcluirJo.
Ok! o conhecimento realmente é uma grande base.
ResponderExcluirAdriana Santos
Ok. Silvia.
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar no termo alopecía, por falta de conhecimento achei que era errado.
ResponderExcluirEu tb achava q alopecía era errado....por isso é q preciso estudar sempre!!!
ResponderExcluirOk, lido e entendido.
ResponderExcluirIdoraci.
ok. Entendido
ResponderExcluirCompreendermos o significado das palavras é muito importante, afinal esta palavra fará parte do nosso vocabulário daqui em diante.
ResponderExcluirÉ muito importante não só saber tratar o tricopaciente, mas também a parte teórica do curso.
ResponderExcluirQuem vai dar credibilidade a um profissional que não sabe expressar, sem conhecimento técnico, sem um preparo para responder uma dúvida de seu tricopaciente, ou futuro tricopaciente.
MUITO BOM.
ResponderExcluirMuito importante saber da LINGUAGEM USADA POR TRICOTERAPEUTAS CAPILARES.
ResponderExcluirDaniela