As alopécias mostram redução ou ausência de cabelos.
Dentre as alopécias não cicatriciais temos a alopécia
areata ou pelada, que é frequente e pode apresentar placas, atingindo todo o
couro cabeludo (alopécia areata total) ou todo o corpo (alopécia areata
universal).
ALOPÉCIA AREATA
O QUE É:
Alopécia significa "queda de cabelo" e Areata é
uma palavra de origem grega que significa "temporária". É uma perda
de cabelo sem nenhuma anormalidade reconhecível. O distúrbio é comum e afeta
ambos os sexos igualmente.
Alopecia areata geralmente aparece no couro cabeludo, mas
pode ocorrer ou espalhar pela face e o restante do corpo. Geralmente aparece
como uma área singular calva, ou várias áreas calvas circulares intercaladas.
Esta condição pode ser temporária e poderá até mesmo haver uma autocorreção em poucos
meses. No entanto também pode em casos extremos progredir para a perda total
dos cabelos do couro cabeludo (Alopécia Total) ou a perda total dos cabelos no
couro cabeludo e pelos do corpo (Alopécia Universal).
ALOPÉCIA POR PRESSÃO
Bonés e quepes ou outra forma de pressão dos cabelos
como, por exemplo, ocorre nas laterais das pernas por pressão de contato com as
calças.
ALOPÉCIA POR TRAÇÃO
É uma perda de cabelo localizada, usualmente secundária a
um método inapropriado de fazer o penteado.
Qualquer modo de trauma pode danificar o cabelo, por
exemplo, o lactente esfregando o occipício no travesseiro, massagem
excessivamente entusiástica do couro cabeludo. Escovações, pranchas e rolinhos
realizados bruscamente.
A alopécia marginal frontal causada quando o cabelo é
puxado para trás demasiado fortemente em rabo-de-cavalo, durante longo período
de tempo.
As pessoas de cabelo afro frequentemente trançam o
cabelo; se isto não for feito corretamente e a tração demasiada for exercida
sobre o pêlo e o seu folículo, o pelo torna-se fino, mal fixado e se rompe.
ALOPÉCIA DE TRICOTILOMANIA
É o resultado da compulsão de arrancar os cabelos e
ocorre mais frequentemente em crianças e adultos jovens. As áreas arrancadas
mostram rarefação dos cabelos, e raramente alopécia total.
EFLÚVIO TELÓGENO
Os pelos humanos crescem de uma forma ou maneira
dessincronizada, diversamente dos animais que caem sincronicamente sob as forma
de uma muda. A “muda” só ocorre em humanos como parte de um estado patológico.
Nós já sabemos que o cabelo tem um ciclo biológico de vida que é representado
por 3 fases.
O ciclo das células dos pelos é um dos mais ativos do
organismo, e é muito suscetível a influências internas e externas.
EFLÚVIO TELÓGENO- É a perda do cabelo ocorrendo de 3 a 4
meses de um evento médico,choque cirúrgico, hemorragia, febre alta, dieta
violenta e enfermidades psicológicas são causas comuns da perda de cabelo.
Mulheres relatam a queixa muito mais do que nos homens.
Durante a doença, os pelos em fase anágena são prematuramente precipitados em catágena.
Nada acontece neste tempo, mas quando os pelos atingem a fase telógena, novos
pelos anágenos desenvolvem-se e deslocam os pêlos telógenos, fazendo-os cair
alarmantemente.
Uma ocorrência semelhante pode ocorrer após o parto,
particularmente se for parto complicado. A explicação neste caso é ligeiramente
diferente. Durante a gravidez os pêlos crescem muito, porque os pêlos não
passam pela fase catágena e continuam a crescer até depois do parto. Então
todos os pelos que deveriam ter entrado em catágena durante a gravidez o fazem,
e 3 meses mais tarde caem abruptamente. Alguns medicamentos podem causar o
eflúvio telógeno, em particular medicamentos para tiróide, anticoagulantes,
etc.
Características clínicas: a pessoa não associa sua perda
de cabelo com a doença, em virtude do intervalo de tempo. A perda de cabelo é
abundante. Observa que ele sai aos “punhados”, especialmente após ser escovados
ou lavados, e que a fronha de travesseiro está coberta de cabelos pela manhã.
Ao exame, os cabelos podem ser facilmente removidos e o couro cabeludo é
claramente visível. A recuperação terá lugar espontaneamente dentro de 3 a 4
meses.
ALOPÉCIA FERROPÊNICA
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ALOPÉCIA ANDROGENÉTICA
Alopécia (gr.
Alopekia- pelada, de alopex- raposa) androgenética (gr. Andro- homem, gr. Genica- transmissão
por genes).
(AAG) é condição genética comum de queda dos cabelos,
produzida pela ação dos andrógenos circulantes. Há perda e afinamento
progressivo dos cabelos, com quadro clínico facilmente reconhecido pelo recesso
bitemporal anterior e médio dos folículos pilosos no couro cabeludo. No homem é
deficiência de cabelos geneticamente determinada. Na mulher, além desse fator
genético, associa-se também à presença de endocrinopatias androgênicas.
No homem é a calvície do tipo masculino que é hereditária
e se deveria à presença de receptores mais sensíveis aos hormônios androgênicos
que resultariam na alteração do ciclo normal dos cabelos com maior duração da
fase telógena.
Na mulher pode ocorrer uma alopécia androgenética com
perda difusa do cabelo.
Quando se discute, por exemplo, uma alopécia
androgenética, pensa-se que simplesmente o cabelo cai. Na verdade, o fenômeno é
muito mais complexo que se possa parecer. A queda de cabelo ou uma
telogenização é apenas uma consequência final. Um dos principais mecanismos
etiopatogênicos é a conversão da testosterona em deidrotestosterona, por ação
da 5 alfa redutase e todas as consequências deste fenômeno lógico devem ser
exploradas:
• O
ciclo biológico dos cabelos é alterado drasticamente - a duração da fase
anágena é reduzida de anos para apenas algumas semanas;
• A
proporção telógeno/anágeno aumenta muito;
• A
velocidade de crescimento do cabelo diminui;
• Alteração
na queratinização da haste;
• Maior
aderência da clava telógena ao saco epitelial em relação, por exemplo, a um
eflúvio telógeno.
• Diminuição
da atividade da matriz e da melanogênese dando um afinamento progressivo (de
pelo terminal para pelo velo) e clareamento da haste.